Encontro dos amantes do Chorinho, género nascido do Rio e sublimado por Pixinguinha...

Este estilo de música popular brasileira é praticado também em Lisboa!

quinta-feira, 2 de março de 2006

Choro

Chorinho
Gênero da música popular brasileira que surge no final do século XIX, no Rio de Janeiro. Inicialmente não é considerado estilo musical, mas uma forma abrasileirada com que músicos da época tocam ritmos estrangeiros como polca, tango e valsa. Eles utilizam, entre outros instrumentos, violão, flauta, cavaquinho, bandolim e clarineta, que dão à música um aspecto sentimental, melancólico e choroso. O termo choro passa, então, a denominar o estilo. Influenciado por ritmos africanos, como o batuque e o lundu, sua principal característica é a improvisação instrumental, especialmente com violão e cavaquinho. A função de cada instrumento na música varia de acordo com o virtuosismo dos componentes do conjunto, que podem assumir o papel de solo, contraponto ou as duas coisas alternadamente. A partir de 1880, com a proliferação dos conjuntos de pau e corda, formados por dois violões de cordas de aço, flauta e cavaquinho, o estilo populariza-se nos salões de dança e nas festas da periferia carioca. Um dos primeiros chorões – nome dado aos integrantes desses conjuntos – é o flautista Joaquim Antônio da Silva Calado (1848-1880). Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga criam as primeiras composições que firmam o choro como gênero musical com características próprias. Chorinho – No início do século XX, o choro deixa de ser apenas instrumental e passa a ser cantado. Aproxima-se do maxixe e do samba e adquire um ritmo mais rápido, agitado e alegre, além de maior capacidade de improvisação. Surge o chorinho ou samba-choro, também conhecido como terno, por causa da delicadeza e da sutileza de sua melodia. A partir da década de 30, impulsionado pelo rádio e pelo investimento das gravadoras de disco, o choro torna-se sucesso nacional. Uma nova geração de chorões organiza-se em conjuntos chamados regionais e introduz a percussão nas composições. Nos anos seguintes surgem vários músicos, como Canhoto (1908-) e seu regional, que tinha como integrante Altamiro Carrilho (1924-); conjunto Época de Ouro; Luperce Miranda (1904-1977); Zequinha de Abreu (1880-1935), autor de Tico-Tico no Fubá; Jacó do Bandolim (1918-1969); e Nelson Cavaquinho (1910-). O principal nome do período é Pixinguinha, autor de mais de uma centena de choros e um dos mais importantes compositores da música popular brasileira. Em 1928 cria Carinhoso, que recebe letra de João de Barro (1907-), o Braguinha, em 1937. Também se destaca Valdir Azevedo (1923-1980), autor de Brasileirinho (1947), o maior sucesso da história do gênero, gravado por Carmen Miranda (1909-1955) e, mais tarde, por músicos de todo o mundo. O choro também aparece na música erudita. Um exemplo é a série Choros, do maestro Heitor Villa-Lobos. Na década de 50 começa a perder sua popularidade em razão do surgimento das grandes orquestras, inspiradas nas jazz bands norte-americanas. Mas mantém-se presente na produção de vários artistas da MPB, como Paulinho da Viola (1942-), Guinga (1950-) e Arthur Moreira Lima (1940-). É redescoberto na década de 70, quando são criados os Clubes do Choro, que revelam novos conjuntos de todo o país, e os festivais nacionais. Em meados dos anos 90 é fortalecido por grupos que se dedicam a sua modernização e divulgação, por meio do lançamento de CDs e da publicação de uma revista especializada, a Roda de Choro.
fonte: http://geocities.yahoo.com.br/
/vinicrashbr/artes/musica/choro.htm

1 comentário:

Priscila disse...

que coisa linda esse blog.Voltarei mais vzs!